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sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Panko sushi - Cozinha Nikkei em Santiago

Acho que o sonho de todo blogueiro é encontrar aquele restaurante sensacional, que nunca foi comentado antes, e indicar pra todo mundo. Pois bem, esse post vai ser quase isso, tirando o fato de esse restaurante ser o mais bem avaliado de Santiago, segundo o tripadvisor.com . Mas apesar disso, é um lugar que pode passar despercebido. No meio de tantas opções já consagradas no Chile (muitas delas eu nunca entederei o porquê), fica difícil conhecer o Panko.

Se  você não quiser ler  todo o post, pode ler a minha avaliação resumida:

Vá e tenha uma grande experiência gastronômica!!


Se você preferir entender o motivo de tanto amor, segue a versão completa:
         
           Localizado no Barrio Lastarrias, uma região de muitos restaurantes e cultura (inclusive uma feira de antiguidades muito legal nos finais de semana), o Panko entra na onda de mesclar a culinária japonesa com a peruana (cozinha nikkei), apostando em sushis bem diversificados e num ambiente intimista. O espaço é diminuto (recomendado fazer reserva ou chegar bem cedo) e você fica no balcão vendo tudo ser preparado. Admito que o pouco espaço é recompensado pela experiência e pela decoração simples e bonita.
                
          Mas falemos da comida, especificamente nos sushis especiais da casa. Provei quatro opções do cardápio, dentre elas o Saltado Roll e o Acevichado, que para mim representam perfeitamente essa mescla de cozinhas. O Saltado Roll leva tomate gratinado, lomo saltado (um clássico peruano) e é banhado em molho de ají. O Acevichado, como o nome já diz, é baseado no prato que levou a culinária peruano ao mundo (ceviche). 

Saltado roll e Salmon Nikkei

            A apresentação dos sushis é muito bonita e bastante cuidadosa. Mas o mais impressionante é a delicadeza dos ingredientes e como cada ingrediente se faz presente. No acevichado, por exemplo, é muito marcante um leve sabor de limão ao final. Da mesma forma, o sushi de lomo tem um sabor forte da carne, mas que não se sobressai e ofusca os demais (Na segunda vez que fui ao restaurante, o de lomo veio com um pouco mais de cebola. Achei melhor com menos cebola).

Acevichado

             Outra sushi que provei foi o Salmon Nikkei, com camarão, skin crocante de salmão e molho unagui. Outro sushi sensacional, com crocância impressionante e molho muito saboroso. (Uma dica é não comer os sushis com shoyo. Aproveite os sabores!).

             Por fim, outra opção que me agradou muito, foi o sushi que leva o nome da casa. O sushi vem com atum apimentado e geleia de rocoto (pimenta). Foi um dos meus preferidos. O apimentado é bem suave, então mesmo quem não é fã vai gostar. 

Panko

              E o preço? Particularmente não acho caro. Principalmente sabendo os preços de Santiago e, ainda mais, pela qualidade do sushi. Em geral, a refeição para duas pessoas (com 30 peças de sushi e com dois refrigerantes em lata) saiu por $25000 pesos, o que no câmbio de hoje fica em torno de R$130,00. 


Aproveitem a dica e voltem para contar o que acharam! 





domingo, 29 de março de 2015

A dúvida

Oriente ou ocidente? A dúvida obviamente não é só geográfica, mas molda um país.  O lema nacional “Paz em Casa, Paz no Mundo” dá o exemplo e pede respeito às  diferenças em um país europeizado, mas muçulmano. Istambul, não poderia ser diferente,  é um caldeirão cultural, mas que  não vai te deixar com nenhuma dúvida de que valeu a pena conhece-la. 


A cidade é muito grande e definitivamente não é cara. Se você é daqueles que gosta de conhecer tudo, serão necessários no mínimo 4 dias inteiros, o que é mais do que a média das principais cidades europeias.

De modo geral,  a maior parte das atrações de Istambul fica no lado europeu, na região de Sultanhamet  e pode ser conhecida a pé, se você estiver com muita disposição. Caso contrário, o transporte público é eficiente, há muitos taxis e o povo é bastante atencioso, apesar de não falar muito bem o inglês. A dica do Viajante Gourmet é ,como sempre, privilegiar as caminhadas, principalmente nessa cidade com diferenças tão gritantes. Além disso, vale manter um nível de atenção para golpes(o de comprar tapetes é um clássico) e espertinhos: a Turquia e o Brasil são muito mais parecidos do que você imagina.

Ponte de Galata e a Mesquita Azul

Aqueles lugares que você não pode deixar de ir são:

1 – Basílica de Santa Sofia – Católica, muçulmana e museu. Só isso já basta para a visita.  É um símbolo das reviravoltas históricas da cidade. A sabedoria divina, presente no nome, com certeza está dignamente representada com a mistura de traços de várias religiões no local.

Já foi Igreja Católica

Virou mesquita e hoje é um museu

2 – A Mesquita Azul – É a principal da cidade e uma pequena experiência no Islã. Não se pode entrar de sapatos e mulheres devem cobrir inclusive a cabeça. A arquitetura e a decoração são muito diferentes e claro que impressionam bastante. Vale lembrar que  a mesquita fecha para orações cinco vezes por dia  e que são transmitidas por torres de som em toda a cidade.


3 – Grande Bazar – Um dos mais antigos mercados do mundo, é um labirinto quase infinito . Tem de tudo, mas principalmente quinquilharias. Para aqueles que gostam, a grande diversão é negociar o preço da compra. Para aqueles que não gostam (como eu), é bom se esforçar: não pechinchar pode ser encarado como uma ofensa.

Seria o primeiro Shopping Center do mundo?

4 – Palácio Topkapi – A residência dos antigos sultões é muito bem conservada: muito ouro, uma bela vista da cidade e o místico harem. Nada mau viver nessas condições.

Entrada do palácio
Exemplo da riqueza ainda conservada no Harem do Sultão
5 – Torre de Galata – Do outro lado do Bósforo e do chamado Chifre de Ouro, é a construção mais alta da cidade. Para chegar lá,  atravesse a Ponte de Galata e encare uma boa subida, ou deixe a preguiça vencer e pegue um taxi. No topo, além da vista, tem um restaurante turístico, que, apesar de não fazer o gosto do Viajante Gourmet, é uma opção para quem quiser ver danças e comer pratos típicos.

A vista é muito bonita 
6 – Cruzeiro no Bósforo – Imperdível. Prepare a máquina fotográfica para excelentes fotos, muitas mesquitas e algumas casas de milionários. Recomendo comprar o passeio no próprio hotel que ficar, porque normalmente inclui transporte para área que saem os barcos. Os cruzeiros duram aproximadamente 3 horas e vão e voltam até a Ponte do Bósforo, cartão postal da cidade, separando o lado europeu do lado asiático.

Acho que daria pra morar assim.

Chegando na Ponte do Bósforo, que separa a Europa da Ásia
7– Pra quem vai ficar mais tempo:

(i)           Palácio Dolmabahçe  - um pouco distante, mas interessante por ser o 1o palácio de estilo europeu na cidade e por estar às margens do Bósforo.
A inspiração foi (pasmem!) o Palácio de Versalhes.
(ii)         Bazar das Especiarias (Bazar Egípcio) – muitas cores, artesanato e ingredientes diferentes. Para os curiosos e interessados em delícias turcas.

Foto roubada do Lonely Planet

(iii)        Igreja San Salvador in Chora – afastada, mas é o melhor exemplo de arte bizantina. Fecha cedo no inverno (+- 16:30h).

(iv)    Museu Arqueológico – mesmo que você tenha colado muito na escola, Bizâncio, Constantinopla e Império Otomano não devem ser nomes muito estranhos.  Destaque para o sarcófago de Alexandre o Grande.

Não se sabe como chegou até lá

domingo, 25 de janeiro de 2015

NY é o melhor lugar

Quem me conhece, ou leu alguns dos meus posts anteriores, sabe o quanto eu gosto de museus. É provavelmente a primeira coisa que pesquiso antes de visitar uma nova cidade. Mas quem me conhece também sabe que eu não perderia a oportunidade de fazer boas compras. New York, claro, é o melhor lugar para fazer os dois.

A dica é complementar os dois. É cansativo, é muito bate perna, mas você não vai querer perder um minuto sequer em NY. A primeira dica é fazer Central Park + American Museum of National History + Century 21 no mesmo dia.


Central Park não pode faltar na viagem.  O parque é lindo e a ideia de estar rodeado de prédios gigantes é fascinante. Dica sobre o parque? Se perca. Saia andando, olhando as plaquinhas em cada banco e descubra novos lugares. No final, você acaba se achando

Central Park
Saindo do parque, um pouco de cultura. O American Museum of National History fica ao lado do parque, não tem muito erro.  A entrada custa $22 para adulto e $17 estudante. É possível comprar online. Uma das coisas chatas é que parte do museu exige ingressos extras, que você pode comprar de imediato.

De todos os museus que conheci esse certamente é o mais “família”. Não à toa você verá um montão de crianças. É MUITO divertido. Se você gosta de dinossauros ou cresceu assistindo Jurassic Park, você vai amar. E, óbvio, se você é fã da séria Uma Noite no Museu, também vai amar.

Ele estava rindo?
Depois de um tempo no museu, dá tempo ainda de correr e passar um tempo na Century 21. Vale dar uma passada em uma das mais famosas lojas de desconto dos EUA. É sempre possível encontrar ótimas barganhas. Em alguns sites li que o ideal é chegar cedo, pois a loja vai ficando cheia ao longo do dia. Não tive esse problema, mas talvez você queira seguir a recomendação. Ótimo lugar para comprar óculos e bagagens.Para mais dicas da Century 21 e Macy's, vale dar uma olhada no post do blog Viciada em Viajar. Note que existem várias Century 21 em NY. Escolha a mais conveniente para você. No nosso caso, seria a loja próxima ao museu.

Num segundo dia, idealmente numa sexta, é interessante fazer MoMA  + Macy’s. Por que na sexta? Porque a entrada do museu é gratuita a partir das 16h. Chegue cedo na Macy’s, caminhe pelos 9 andares da loja e depois visite o museu.  Na Macy’s você vai literalmente encontrar tudo. É a maior loja de departamento do mundo. Então não tem muito erro. Os preços não são tão bons quanto na Century 21, mas as chances são maiores de encontrar algo que você goste. Uma dica sobre a Macy´s é que com o seu passaporte você tem direito a 10% de desconto em todas as compras. 

Pintura imperdível no MoMA
O terceiro museu que visitei e que também vale muito é o Metropolitan (o Met). Uma dica importante é que neste museu você não precisa pagar o valor cheio da entrada. No Metropolitan você paga apenas uma contribuição, que pode ser o quanto você desejar. Como a entrada de estudante era apenas $12, preferi pagar.

Os famosos ovos Fabergé
Como eu gosto de passar muito tempo dentro de cada museu (e o Metropolitan é gigante), prefiro deixar ele para um terceiro dia. Onde você pode combinar com algum outro passeio.

Um pouco de Degas no Met
Uma última dica de viagem é de um outlet perto de NY. Muita gente prefere ir ao Woodbury, que é um pouco mais distante de NY. Minha dica, principalmente se estiver no inverno, é ir até ao Jersey Gardens. Apesar de um pouco menor, o outlet é em ambiente fechado (você vai agradecer quando estiver -10 graus) e mais próximo. Para chegar lá, basta ir até Port Authority Terminal e comprar ida e voltar por $13. É também mais barato que ir até o Woodbury. Uma última dica é que com o seu passaporte você tem direito ao livrinho de descontos do outlet.  

Boas compras e aproveitem os museus!



domingo, 11 de janeiro de 2015

Amsterdã do jeito de cada um

Amsterdã, é talvez a cidade mais liberal do mundo. Mas não é só rostinhos alegres, acredite. Seus diversos canais e arquitetura pitoresca a tornam diferente de qualquer lugar.



O tempo de estadia ideal varia de 3 a 5 dias, a depender das suas preferências e desejos secretos.

Tenha em mente que a cidade é a mais cara entre as tradicionais da Europa. Querendo ou não, você gastará muito em hospedagem (no mínimo 20 euros por noite em um albergue) e comida (aqui, obviamente, depende do que você consumir hehehe). Se tiver viajando em grupo, a dica é de cuidado com as escolhas. Nem todos podem ter a mesma curiosidade e interesses que você, o que pode atrapalhar a viagem já na chegada ao hotel/albergue/coffee-shop. Inevitavelmente, você encontrará pessoas doidas pela rua. Mas keep calm, relaxe e viva a experiência do seu próprio jeito.

A cidade tem duas zonas principais: uma próxima à estação de trem, com o Red Light e outra um pouco distante com museus. Existem bondinhos que ajudam o deslocamento, mas um dos mandamentos do mochileiro gourmet é usar bem os seus pés. Em Amsterdã, isso é mais que possível: é obrigatório.

Detalhe: Bicicletas fazem parte da cultura nacional. Não há aluguel público de bikes, mas empresas especializadas como a Mac Bike (http://www.macbike.nl/) que tem lojas espalhadas pela cidade e exige caução de 50 euros para o aluguel.

Grab a bike and have fun!


Minha lista de atrações imperdíveis:

1 - Red Light District. Para os conservadores (como eu hehehe), andar, entrar, observar e rir. Para os curiosos, talvez um space brownie. Para os restantes, você já sabe. Minha dica é andar, andar e andar. Tome cuidado com o que falar perto das vitrines, o português é mais comum do que você pensa. Na volta pra casa, veja as vitrines de comida, mas só veja.

Não saia do Red Light com a visão distorcida das coisas

As vitrines não são bizarras só do jeito que você pensa

2- Anne Frank Huis. Bom, pra você que colava na escola, é um prédio em que Anne Frank e sua família judia ficaram escondidos durante a ocupação nazista durante a 2a GM. A menina com 13 anos de idade na época escreveu um diário contando a sua história e das pessoas que lá se esconderam. Mesmo descoberta, após algum tempo, o livro que escreveu foi de alguma forma preservado e é um patrimônio da humanidade. 



Essa história é mais que suficiente para filas enormes para a visita dessas casas, em um museu com muita interatividade e não é muito caro (9 euros). Se você não gosta de perder seu tempo em filas, chegue cedo.

3 - Heineken Experience. Os museus de cervejarias são todos mais ou menos parecidos. O melhor deles, sem dúvida, é o da Heineken. Inclui duas rodadas de degustação, conta toda a história da produção e tem uma lojinha com ótimos souvenir, como uma garrafa personalizada para aquele seu amigo/amiga alcoólatra. 


Pulseirinha que dá equilíbrio aos alcóolatras
4 - Rijksmuseum e Van Gogh Museum. Aqui basta dizer que Rembrandt e Van Gogh são holandeses. Um risco é algumas das obras estarem em algum outro lugar do mundo. Perto dos museus tem aquelas letras escaláveis (não sei como descrever isso…rs) formando “I Amsterdam” que, apesar de bobinhas, rendem boas fotos.



5 - Batata FritaDifícil saber se a melhor batata do mundo é a belga ou a holandesa. Um jeito de descobrir é comendo uma batata belga na Holanda. Existem algumas barraquinhas que vendem essas delícias em um cone. A Manneken Pis é uma das melhores. Você pode até não querer experimentar outras coisas, mas não existe algo tão bom tão perto. É tão bom que tive de roubar a foto do Comi por aí, porque nem pensei em tirar foto quando vi.



domingo, 21 de dezembro de 2014

25 anos do muro que caiu

2014 está acabando, mas ficará marcado como especial para a Alemanha. Não falo nem do título da copa do mundo no Brasil, mas sim dos 25 anos da queda do muro de Berlim .

Por isso, O Viajante Gourmet retorna à Berlim com dicas dos melhores lugares para ver o muro e o legado que a 2a Guerra e a Guerra Fria deixaram na cidade.

1 - East Side Gallery

Com mais ou menos 1km de extensão, é o local com maior conservação do muro. 

Não é perto do centro, mas o metro chega com facilidade (Ostbahnof).

Ao longo das margens do rio Spree, artistas fizeram pinturas irônicas e divertidas no que restou do muro. 

A East Side Gallery tem 1,3 km de pinturas sobre o maior pedaço do muro

As pinturas são bem irônicas e divertem a caminhada

2 - Topografia do Terror

Localizado em um antigo endereço da Gestapo, a antiga polícia secreta nazista, o museu conta a história da ascenção e queda do nazismo na Alemanha.

O pedaço do muro ali tem um clima mais verídico do que o da East Side Gallery. Cinza sóbrio, é o lugar ideal pra quem não quer só a curtição de tirar foto do lado do muro.

Pra quem não quer só a curtição de tirar foto do lado do muro.


3 - Check Point Charlie

É mais para fotos de curtição com guardinhas e afins. Ponto turístico clássico de Berlim, era um posto militar que separava as duas Alemanhas, extrapolando, o capitalismo e o comunismo

De que lado está o Mc Donald's?
Logo ao lado, há mais mais alguns pedaços do muro, com aquelas longas filas pra tirar foto.


Você sabia? Por toda a cidade, há uma trilha indicando onde o muro ficava. Os desprendidos podem dar uma volta pela cidade seguindo a trilha.


4 - Memorial do Muro (Bernauer Strasse) 

Mais um lugar com o muro em seu estado original. Aqui, as homenagens são às famílias que foram separadas pelo muros e às pessoas que tentaram fugir do lado oriental.



5 - Antes do muro

Para a história antes do muro, destaco duas atrações interessantes.

O museu judaico de Berlim(Hallesches Tor) é bem completo e interativo e conta a história e a vida dos judeus alemães. Vale a visita, em especial à câmara escura e à árvore de desejos pela paz.





O memorial do holocausto, bem próximo do Portão de Brandemburgo é um conjunto de blocos de concreto, meio ondulados e irregulares. Segundo o arquiteto do projeto, a ideia era produzir uma atmosfera que dá sensação de instabilidade, descolada da razão humana.